quarta-feira, 25 de março de 2009

By: Patrícia Costa
Ano: 2009



By: Eunice Ribeiro
Técnica: Gesso
Ano: 2009



domingo, 22 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009


A Turma e o sempre rizomático: Mark Aragão

As personagens, incidentes retratados e os nomes aqui usados são fictícios. Qualquer semelhança ao nome, personagem ou história de qualquer outra pessoa é pura coincidência e não intencional.

terça-feira, 17 de março de 2009

O Menino do Lápis



O menino do lápis


Rapaz sossegado, franzino e de poucas palavras. Enquanto os outros á bola jogavam ele, descobria o mundo pela perspectiva de um canto qualquer, onde tinha que se sentir seguro, absolutamente seguro, e onde as hipóteses de ser perturbado fossem quase nulas, para assim poder dar azo as ideias que lhe brotavam na cabeça.
Ouvia, que a isso chamavam timidez mas ele não fazia questão de a conhecer.
Gostava de estar só, não querendo com isso dizer sozinho, apenas só e a observar.
Adorava recolher elementos daquilo que o rodeava, para depois brincar com eles na sua mente!
Achava o processo cativante, desenvolveu técnicas que o permitiam modificar, inverter e exagerar tudo o que via, enfim o procedimento normal de uma jovem imaginação a tentar compreender o mundo.
Mas não foi assim que aprendeu a (re)conhecer o mundo, pois o processo usado depressa compreendeu ser efémero e infrutífero, além do que sentia uma enorme vontade de poder registar a sua versão na realidade, se é que ela existia!
A necessidade deu origem á procura, e quando se procura algo que ainda não se sabe bem o quê pode-se distorcer a necessidade.
Não foi o que aconteceu.
Sua perspicácia, sem ele se aperceber que a tinha, fez das suas; não permitiu que a ânsia se tornasse em desespero, essa cruzada era francamente desnecessária!
Tranquilo foi eliminando todas as hipóteses que lhe pareciam sofrer de insuficiência criativa, já que optara por estabelecer uma ligação entre o tempo, satisfação e criação, queria desse laço obter o melhor resultado possível.
Quem espera desespera ou quem espera sempre alcança?
Neste caso foi só esticar o braço para poder alcançar um lápis!
Um simples lápis…
Engraçado, a solução parece ser sempre muito simples depois de a conseguirmos!
Pôde enfim provar o pleno e o sublime.
Sabia a madeira e carvão, componente e fóssil, garantia e satisfação!
Pôde finalmente canalizar suas visões para qualquer espaço que estivesse preparado para as receber.
Era só vê-lo com risos a fazer riscos pelas paredes, pelos móveis, pelo chão e até pelo próprio corpo! Comunicava assim, de uma forma que os outros não compreendiam totalmente mas que o fazia feliz!


Gatafunhos que moldam a sua vida…


Dás-me a honra de te desenhar?



Cláudio Sousa
Foto By: Cláudio, Mark and David
Poster By: Michel François
By: João Veríssimo
Técnica: Photoshop
Ano: 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Título: Pior Escultura do Ano 2009
By: João Veríssimo
Técnica: Areia, Cola Branca, Palitos e Tinta Acrílica
Ano: Desconhecido

sábado, 7 de março de 2009

Título: Melhor Artista Anónimo Conhecido No Mundo e Quiçá Em Portugal
By: Anónimo (David Delgado)
Técnica: Arame, Gesso, Café, Acrílico e Ferro
Ano: 2009



sexta-feira, 6 de março de 2009

Título: Кращі українські виконавця в Португалії (Melhor Artista Ucraniano Em Portugal)
By: Франсіско Malvar
Técnica: Gesso e Estuque
Ano: 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

By: João Veríssimo
Técnica: Fotomontagem (Photoshop)
Ano: 2009
Grupo ComArte com participação especial de Isa Araújo.

domingo, 1 de março de 2009

Resposta ao R2-D2


Anónimo Disse...



Anónimo disse…

O Anónimo disse que era Ninguém em particular mas Alguém em Especial.
Anónimo disse que estudou bem o Manual da Psicologia Invertida das Edições Lello, na sua versão de livros de bolso distribuído na Europa/América.
E disse mais! Disse que costuma sublinhar, dobrar, gatafunhar e opinar nas páginas previamente soltas da vida dos livros, seus e dos outros, e que não compreende como existem pessoas incapazes de se relacionarem com objecto livro dessa forma.
O Anónimo disse, quando na realidade escreveu.
“É desumano ter um livro nas nossas mãos e não registar nele o percurso do nosso pensamento. O contrário também é válido.” – Anónimo.
Sobre o capítulo 3 “O Sexo e os Anjos”, página 25º57’S/32º35’E do manual, O Anónimo, deixou um apontamento a lápis com a implícita ideia que seria do género feminino, apesar, de o dicionário das mesmas Edições o definirem em contrário.
Nós acreditamos que Sim (mesmo achando pouca piada ao Jim Carrey), porque somos apologistas do positivismo e aguerridos activistas do movimento Anti-Não.
E parecendo que não, um Anti-Não é diferente dum Sim, pois, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, embora existam casos em que as coisas se relacionam obviamente. Relacionamentos esses com os quais já fomos tomar café para perceber melhor a natureza deste Anónimo o que nos foi muito útil pois toda a conversa se desenrolou em torno do universo do Anónimo, com contornos desconhecidos do grande público.
Estamos perante um Ser inteligente que tem opinião, que tem amigos, que tem amigos com opinião e que tem opinião sobre os amigos!
Amigos esses que por vezes divergem nas suas opiniões mas que curiosamente, escrevem com a mesma mão.
É o estranho caso de, Alguém de nós deixaste a tampa da sanita levantada e esperavas que Ninguém reparasse!
Apesar de todas as palmadas e correctivos quando era novo, o Anónimo tem sempre o dom da opinião própria.
Anónimo, não deixa portanto, a sua opinião em mãos alheias a tudo, não deixa Ninguém indiferente à espera de resposta, não deixa que Alguém assuma o seu lugar na beira do prato.
Anónimo prefere pastéis de Belém em detrimento dos pastéis de nata embora saiba que são exactamente a mesma coisa, o Anónimo tem amigos imaginários que dão cartas mas não são necessariamente pombos-correios de Ninguém, o Anónimo defende bem as suas causas com unhas e dentes porque Alguém em pequeno o habituou a comer côdeas, o Anónimo vive em terra de Reis mas sabe onde encontrar uma grande Rainha, Anónimo sabe que pode mudar o mundo se não se esquecesse de tomar os comprimidos para a sua alergia aos raios UVA.
Mas a culpa disto é de Ninguém, com aquele ar de pirata contemporâneo, de quem está habituado a viver em auto-caravanas e a respirar liberdade por todos os interstícios, de quem muitas vezes passa por Anónimo e não lhe dá boleia porque Alguém lhe disse que era perigoso.

E até breve porque, enquanto Fernando Coita Almeida, o Anónimo espreita e Ninguém desconfia que Alguém o observa também…

Texto & Imagem: Cláudio Sousa

Manifesto - Não Mexer Sem Luva Branca


Manifesto - NÃO MEXER SEM LUVA BRANCA

Serve este manifesto, o objectivo de denunciar e combater as actividades menos próprias, cobardes e obscuras dos Mexilhões.
Seres, que secreta e indiferenciadamente desenvolvem laborações hostis contra a propriedade cultural alheia.
Geralmente apático, estúpido e medroso, o Mexilhão, actua em grupo. Age dessa forma para se vangloriar e provar aos demais semelhantes que a cultura e o conhecimento são perigosos, nocivos para a saúde e, por consequentemente, desnecessários. É uma lei colectiva em nome da acalmia geral para que as águas nunca se tornem revoltas.
They represent the slice of society that´s living under the Cave Theory. It´s quite remarkable such a prehistoric behavior still survives in our days!” – Sir David Attenborough in BBC Wild Life.
A sua completa inaptidão em compreender e assimilar novos conceitos, tornam-no portanto, obsoleto e preso a uma carapaça de ignorância sobre o que é o Ser Contemporâneo (*).
Um dos seus focos preferidos de intervenção é, como seria de esperar, o das Artes. Por este ser um mundo totalmente abstracto para o Mexilhão, este sente-se tentado a fazer aquilo que o melhor caracteriza; Mexer.
Mexer indiscriminadamente e apenas com o intuito de destruir é o seu modus operandi.
Acções tão ocas de criação correspondem exactamente ao vazio da imaginação nas suas cabeças, e são tão úteis para ao crescimento sócio-cultural quanto as guerras ou os produtos da tv-shop.
No entanto, de forma inconsciente, estas acções criam uma nova percepção visual que infelizmente, por falta de sentido estético e/ou critico, não acrescentam nada de relevante ao nosso valor sensorial.
Propomos então com este manifesto, alertar, sensibilizar e propor à comunidade artística que produzam obras inacabadas, e desta forma incutir na espécie do Mexilhão um desejo antagónico à destruição e incentiva-los a dar um toque final.
Como incentivo, informamos a comunidade que oferecemos um par de luvas brancas (iguais ás usadas pelos funcionários dos museus) por cada Mexilhão convertido. As luvas vêm nas versões Serralves, Gulbenkian, Louvre e Tate Gallery, tendo, para cada uma delas o respectivo formulário disponível no nosso blog; Comarte-pt.blogspot.com. Brevemente outros modelos irão estar associados ao nosso manifesto mas de momento são essas as opções.
Agradecemos a atenção despendida e contamos com o apoio de todos.

Sem mais assunto de momento, declaramos aberta a caça ao Mexilhão.

Atenciosamente,
COMARTE

(*) Ser Contemporâneo – um Ser atento, actual, activo, que tem a capacidade de (re)produzir e expressar-se criativamente sobre qualquer matéria.


Texto e Imagem by: Cláudio Sousa
By: João Veríssimo
Técnica: Photoshop
Ano: 2009